A
religiosidade popular é um fenómeno que tem acompanhado a vitalidade da nossa
Igreja.
Representa uma diversidade de expressões, gestos e atitudes, que transmitem
uma relação pessoal com Deus: beija-se a cruz, percorre-se a Via Sacra,
participa-se numa peregrinação, ajoelha-se frente a uma capela de um
mártir ou dum santo, conservam-se restos dos seus objectos ou dos
seus vestidos.

É esta
religiosidade que, sob uma aparente unidade enraizada no nosso catolicismo,
manifesta mais fielmente a pluralidade desta sociedade beirã do interior, na vivência
do sagrado
Esta religiosidade popular afirma-se em oposição à oficial, sendo
entendida como uma forma híbrida, isto é formas inadequadas de entender e
praticar a religião oficial.

Por cá, as crenças populares
incluem, ainda hoje, um conjunto de superstições e gestos mágicos oriundos
do paganismo celta.
É difícil precisar onde fomos encontrar este “imaginário”, este
“fantástico”, este culto do sagrado, com uma estruturação rigorosa de espaço
e do tempo e onde avultavam as festas da Primavera e do Outono.
É num
contexto de assimilação das crenças e antigos ritos pagãos, que se
perpetuaram ao longo dos séculos na tradição oral, que se deve buscar a
origem da maior parte dos ritos e crenças que definem a nossa religiosidade
popular.

Fica assim claro que muitas festividades pagãs foram
cristianizadas, fazendo-as coincidir com as celebrações praticadas em épocas
remotas.
As nossas festas populares, manifestações colectivas, as crenças e ritos
de devoção particular são as grandes marcas da religiosidade popular cá no
nosso concelho.
Nas festividades populares, com ou sem relação com o ritual oficial e,
muitas vezes, com origem em cultos naturalísticos, é possível encontrar
manifestações particulares, por vezes, com carácter mágico.
A atenção especial aos sinais da natureza como a água,
a terra, a luz, o céu fascinou desde sempre as pessoas.

A religiosidade
popular, cósmica e natural, pode servir, no caso da Igreja Católica, para
compreender melhor a utilização de sinais e gestos simbólicos que expressam
uma componente profundamente humana e religiosa.
Por isso, tem sido sempre
chamada a atenção para uma verdadeira integração entre as cerimónias da
Igreja e a piedade popular, como aconteceu na liturgia da Igreja dos
primeiros séculos, com algumas celebrações, e na liturgia romana da Idade
Média, com as procissões, ladainhas e outros ritos, assumidos em forma de
culto. |
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O
componente de evangelização das Festas |
A
procissão que passa, é a manifestação da comunidade repleta de
esperança e conservadora de uma cultura transcendente que desperta
para as realidades
invisíveis da fé, e aviva a memória cristã
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Festas e romarias são
também sinais de fé |
Os festejos que se fazem nas diversas paróquias do
concelho em honra dos seus padroeiros, não deixam de ser uma expressão
cultural e fé
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Valor
das festas religiosas |
A
festa anual da aldeia desempenha uma função importante no
robustecimento da identidade e da vida comunitária das populações.
Merece, por isso, o interesse e a participação de toda a comunidade da
aldeia.
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